Soneto da liberdade

Quero dançar livre pelos jardins
Não ser interrompido por ninguém
Comtemplando as rosas e os querubins
Ser feliz, mesmo sem nenhum vintém

Buscar inspiração no fundo d'alma
Chorar e sorrir no mesmo instante
Viver bem levando tudo com calma
Já que harmonia é bem significante

Difícil pensar na vida assim
Pois hoje a métrica é essencial
Mas isso é tudo que quero pra mim

Me sentir livre, não há nada igual
Não ter outros assuntos pra tratar
Fechar os olhos e apenas sonhar

Soneto da busca sem volta

Minha bicicleta dança na rua
Puxada pelos pés de não sei quem
E tentando chegar perto da lua
Para assim poder encontrar meu bem

Se é impossível completar tal missão
Que o vento mude sua direção
Caminho em minha busca sem parar
Poetas nunca param de sonhar

E nunca pare para refletir
Podes cair num abismo sem volta
Aos poucos começarás a sumir

Irreal sentimento de revolta
Poderás entender enfim o amor
Cheio de espinho, cheio de flor

E na memória guardo só lembranças
De um passado que poderia ser presente
E de um futuro que não existirá, talvez

Eu esteja louco e apenas delirando
Deitado aqui nesse quarto escuro e pensando
Mas por outro lado, seja apenas a reflexão que não poderia tardar
Mas tarda... E tarda...
E não é que existam culpados

Foi o destino que escolheu um caminho diferente
Talvez até mais feliz, nunca se sabe o que se passa no outro lado da estrada
Mas assim eu caminho
Tendo somente que agradecer.

Ousadia necessária

Quero sair de casa
Pra ver o que dá na estrada
Levando apenas a roupa do corpo
e boas ideias na cabeça
Guiado pelo ar

Conversar com pessoas exóticas
Conhecer lugares fantásticos
Desses que só se vê na TV
Pegar carona e observar cada cenário
Voar acima das nuvens, olhando de cima, livre
Pra depois voltar...

Quero fazer o errado, o arriscado
Quero falar varias linguas
Do latim ao tupi
Quero me embreagar e me equilibrar num pé só
Pra depois voltar...

Pois se existe algo que valha a pena
Eu quero experimentar